Em 2022, os três meses anteriores à vindima estavam entre os mais quentes e secos já registados. As condições eram tão extraordinárias que ninguém sabia como as videiras reagiriam. Tomámos a decisão de começar a colher no Douro no dia 22 de agosto – o mais cedo que alguma vez começámos na região.
Felizmente, as temperaturas caíram em setembro, o que permitiu que as maturações progredissem de forma mais uniforme e gradual. Fomos então abençoados por um período de chuva e decidimos parar a vindima por 10 dias – o período mais longo de pausa que já fizemos em uma vindima.
Felizmente, a chuva e o aumento gradual da temperatura que se seguiram foram ideais para a fase final de maturação da Touriga Franca e restante Touriga Nacional.
As nossas equipas de viticultura e adega trabalharam numa das colheitas mais desafiantes do Douro e fizemos alguns vinhos muito promissores, apesar das condições surpreendentes.
A vindima de 2022 será lembrada como o ano em que as condições testaram a resiliência das nossas vinhas ao limite e a nossa capacidade de adaptação a uma nova realidade.
